segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Balanço da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
Balanço da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
Dados da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 revelam que, de abril de 2006 a outubro de 2011, foram registrados mais de dois milhões de atendimentos (2.188.836). A partir de janeiro de 2007, quando o sistema foi adaptado para receber informações sobre a Lei Maria da Penha a busca por este serviço contabilizou 438.587 registros.
INFORMAÇÕES DE 2011 - De janeiro a outubro desse ano, houve 530.542 ligações. No período, foram registrados 58.512 relatos de violência. Desse total, 35.891 foram de violência física; 14.015 de violência psicológica; 6.369 de violência moral; 959 de violência patrimonial; 1.014 de violência sexual; 264 de cárcere privado; e 31 de tráfico de mulheres.
Um dado relevante e que chama atenção é que as violências moral e psicológica atingem juntas, o percentual de 34,9% dessas ligações. Para a ministra Iriny Lopes, este tipo de violência é aquela silenciosa que não aparece e não deixa marca, mas colabora muito para aumentar a baixa estima da mulher e faz com que elas não procurem ajuda. “A partir da tipificação desses dois conceitos pela Lei Maria da Penha, as mulheres começaram a perceber que os xingamentos e pressões de ordem moral mexem com sua ‘psique’ e as tornam vulneráveis às doenças de origem emocional” explica a ministra.
PERFIL - A maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 e que também é vítima da violência tem de 20 a 40 anos (26.676), possui ensino fundamental completo ou incompleto (16.000), convive com o agressor por 10 anos ou mais, 40% e 82% das denúncias são feitas pela própria vítima.
O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é 44%. E 74% dos crimes são cometidos por homens com quem as vítimas possuem vínculos afetivos/sexuais (companheiro, cônjuge ou namorado). Os números mostram que 66% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.
Os dados apontam que 38% das mulheres sofrem violência desde o início da relação e 60% delas relataram que as ocorrências de violência são diárias.
DADOS POR ESTADO - Em números absolutos, o estado de São Paulo é o líder do ranking nacional com um terço dos atendimentos (77.189), que é seguido pelo Bahia, com (53.850). Em terceiro lugar está o Rio de Janeiro (44.345).
Estados Posição Por Valor Absoluto Total de Ligações Estados Posição Por Valor Absoluto Total de Ligações
SP 01 77.189 SE 15 7.977
BA 02 53.850 AL 16 7.773
RJ 03 44.365 RN 17 7.748
MG 04 40.983 PB 18 6.961
PA 05 28.848 SC 19 5.165
PR 06 21.165 MS 20 4.808
MA 07 19.507 MT 21 3.900
PE 08 18.307 TO 22 2.858
RS 09 14.797 AM 23 2.595
GO 10 12.873 RO 24 2.384
CE 11 11.429 AC 25 1.142
PI 12 10.032 AP 26 1.210
DF 13 10.632 RR 27 609
ES 14 9.327 - -
Quando considerada a quantidade de atendimentos, relativa à população feminina por estado a cada 100 mil mulheres, o Distrito Federal voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking, 792,675 atendimentos.
Em segundo lugar está Pará com 767,394 e em terceiro, Bahia, com 754,345.
Estado Posição por Pop. Feminina Total Estado Posição por Pop. Feminina Total
DF 01 792,675 PR 15 398,326
PA 02 767,394 MS 16 391,181
BA 03 754,345 SP 17 364,368
SE 04 750,440 AP 18 361,851
PI 05 630,968 PB 19 358,417
MA 06 588,753 AC 20 312,675
RJ 07 530,412 RO 21 310,719
ES 08 522,891 MT 22 262,527
AL 09 483,171 RS 23 269,581
RN 10 478,525 CE 24 263,809
GO 11 425,953 RR 25 221,620
TO 12 419,664 SC 26 164,068
MG 13 411,663 AM 27 149,930
PE 14 400,922
CENTRAL – Criada em 2005, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 -, é um serviço de utilidade pública de emergência, gratuito e confidencial, que funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, a partir de qualquer aparelho telefônico.
Seu objetivo é que a população brasileira, principalmente as mulheres, possa se manifestar sobre a violência de gênero e obter informações sobre a Lei Maria da Penha. O serviço presta seu atendimento com foco no acolhimento, orientação e encaminhamento ao diversos serviços da Rede de Atendimento à Mulher em todo o Brasil.
Fonte: SPM/ Gêneroraçaetnia
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