segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sociedade civil se reúne para propor ações de combate à intolerância racial

Sociedade civil se reúne para propor ações de combate à intolerância racial A abertura do encontro da sociedade civil dentro do Afro XXI foi marcada pela afirmação da autonomia dos movimentos sociais e da sociedade civil em relação aos governos. A perspectiva desse encontro entre representantes da sociedade civil ibero-americano, caribenha e africana é constituir propostas que contribuam com a Declaração de Salvador, documento que sairá do encontro de chefes de Estado no último dia do Afro XXI. À mesa de abertura do encontro sentaram-se, lado a lado, representantes dos movimentos sociais e de governos. O primeiro a saudar o encontro foi Gilberto Leal, militante do Movimento Negro, que destacou a necessidade da união e da competência na articulação política da sociedade civil para ter força para interferir e enfrentar blocos políticos muito bem articulados na região. Juca Ferreira, representante do Brasil na Secretaria Geral Ibero-Americana, fez um prognóstico nada animador da possibilidade de recrudescimento do racismo com as crises atuais que afetam o centro do capitalismo global. Por outro lado afirmou a maturidade do movimento social de luta por igualdade. “Esse momento não é apenas de celebração. O objetivo é interferir no processo democrático e de desenvolvimento econômico”, disse Ferreira. O panamenho Humberto Brown, representante do movimento Diáspora Latina, lembrou a necessidade de buscar a inteligência ancestral para encontrar saídas e dar respostas adequadas à conjuntura global na luta contra o racismo. “Será um dia desafiante, pois são muitas questões e pouco tempo para discutir toda a pauta”, refletiu ele. A representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Magali Navys, demonstrou alegria por identificar um crescimento da organização da luta contra o racismo. “Até hoje foi a sociedade civil que empurrou os avanços”, declarou ela. Entretanto, ponderou que as forças contrárias a esses avanços também crescem. Inclusão - Representando o governo da Bahia, o secretário Elias Sampaio, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, apontou que não há possibilidade de avanço do Brasil sem a inclusão dos afrodescendentes. “Eleger governos progressistas é uma condição necessária, mas não suficiente para construirmos a igualdade racial”, afirmou Sampaio. Para finalizar, a representante da Articulação das Organizações das Mulheres Negras Brasileiras e membro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade, Vera Baroni, chamou a atenção do público para boatos de que a Secretaria das Mulheres e a Seppir estariam em risco de extinção. “Essas instituições cumprem um papel muito importante e precisam ser potencializados e não extintos”, declarou. E finalizou apontando para a grandeza da diversidade presente ao encontro e em especial à presença das mulheres negras. Assessoria de imprensa do Afro XXI Rogério Paiva 71 8202 6551 Kau Rocha: 71 8787 4401 Fernanda Lopes: 61 8144 4770 funag.gov.br/afro21 http://www.funag.gov.br/afro21/index.php?option=com_content&view=article&id=63:sociedade-civil-se-reune-para-propor-acoes-de-combate-a-intolerancia-racial&catid=32:publicacoes

Nenhum comentário:

Postar um comentário